Amanhã é outro dia esta foi a frase que
Clarice disse a irmã Dulce, a duas moravam juntas numa casa simples do
interior, era uma chácara perto da cidade. Elas eram bem maduras por assim
dizer seus pais já havia falecido, as duas viviam só e quando em vez seu irmão
Joaquim vinha ele morava na capital. Elas tomavam conta da chácara e da velha
casa herança de seus pais, sempre faziam compras na cidade vendiam o que
produziam na horta e no pomar, criavam galinhas poedeiras e frangos para abate,
todo sábado iam de carroça vender seus produtos na feira no fim da tarde depois
de venderem tudo, faziam compras necessárias e voltavam alegres com o dinheiro
que conseguiam, não era muito, mas o suficiente para viverem dignamente.
Uma manhã bem chuvosa Dulce reclamou
com Clarisse esta semana não teremos muito a vender na feira, as galinhas
pararam de botar e as hortaliças precisam ser replantadas, precisamos nos
prevenir pois o clima este ano está pra chuvas muitas chuvas, como sabe? Meu
calo doeu semana toda, deixe de bobeira amanhã é outro dia. Mas a irmã era mais
nova aguentava mais o batente saiu assim mesmo chovendo e foi ao galinheiro
recolher os ovos, depois de ajeitarem as poucas hortaliças e aves para o dia
seguinte Dulce confidenciou a irmã que tinha um homem olhando para ela na
feira, Deus por que não me contou antes, acho que está me paquerando amanhã
mostro a você , saíram alegres com o que tinham foram vender, chegando o homem
estava à espreita observando, Dulce disse Clarice olhe é bem aquele alto. A
moça mais velha com seus 45 anos olhou bem o homem e disse irmã cuidado ele não
parece bem-intencionado, a moça mais nova com seus 40 anos disse eu também
tenho direito a ter um admirador não acha, claro mas tenha cuidado meu santo
não deu com ele. O homem era Cristiano tinha uns 60 anos, mas era bem aparente
e não demonstrava esta idade, nesse momento ele caminhou até elas e disse oi
como se chama feito as apresentações as irmãs pediram licença e voltaram a
trabalhar no começo da tarde terminaram não tinham muitos produtos naquele dia.
Já em casa Clarice disse mana estou
preocupada, ora com o que? Sabe Cristiano não me pareceu uma pessoa digna algo
nele é ruim, deixe disso, ele nem teve tempo de falar nada não deixamos, mas vi
como olhava o dinheiro que guardava em sua bolsa, estou assustada, mana temos
que preocupar em fazer o plantio das novas hortaliças e comprar pintinhos
novos, precisamos repor nosso estoque, isto sim é preocupante. Certo não se
fala mais nisto, os dias passaram o irmão Joaquim veio com a esposa e filhos
passaram um mês e se foram tudo havia corrido bem, mas Dulce não esquecia do
homem da feira, parecia estar gostando da paquera, a irmã ficava preocupada,
mas não dizia mais nada, até que um dia depois de terminarem as obrigações do
dia sentaram-se no banco em frente à casa e começaram a relembrar de seus pais,
será que papai aprovaria meu namoro com Cristiano? Dulce interrogou a irmã, há
não sei ainda pensa nele? Sim eu vi ele passando ali hoje pela manhã, como o
que fazia aqui, não mora ninguém por aqui, nós estamos sós aqui. Deixe de
pensar maldade ele passou e subiu no trilho virando por outro lado do rio, não too
gostando disto, nessa hora a porteira da entrada bateu, era o homem, mas e
agora, eu falo com ele e você fique quieta não vai estragar meu namoro, mas que
namoro? Antes determinar ele aproximou cumprimentou as irmãs e sentou sem ser
convidado, foi logo dizendo isto tudo aqui é de vocês? Não temos nada
esta terra é de nosso irmão Joaquim.
Cristiano disse Dulce pegue água tenho
sede, acompanhou a moça que nem imaginava o que lhe aconteceria sacou de uma
arma e disse é um assalto quero tudo que tiverem de valor o dinheiro , mas não
temos dinheiro, fizemos compras, eu sei que tem, segui vocês não compraram muito,
as irmãs desesperadas começaram a gritar mas por quem , não havia ninguém ali,
foram entregando o pouco que tinham reservado para a compra de reposição, Deus
parecia ter ouvido as súplicas das irmãs e nesta hora um velho conhecido chegou
com um carro cheio de crianças e sua esposa, Dulce, Clarice como criança não
espera muito entraram mesmo sem serem atendidos o que s.r. Antônio estranhou,
pra sorte delas os meninos gritaram pai corre elas estão amarradas, Cristiano
com a arma em punho vasculhava as roupas a procura de mais dinheiro. Antônio
agarrou o homem pelas costas que disparou a arma atirando por todos os lados,
um tiro acertou de raspão a perna de Dulce, mas tudo terminou quando a esposa
ligou para a cidade e pediu socorro o homem terminou preso descobriram que ele
vivia de dar golpes em mulheres indefesas, Dulce aprendeu que não pode confiar
em qualquer pessoa e também agora escuta a irmã, Antônio ficou feliz de poder
socorrer as irmãs nesta hora de aflição.
Texto
escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora.
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