Literatura | Conto | A missão de doar-se.

 Todos nascemos com uma missão a cumprir nesta vida terrestre, pois esta vida é passageira, um dia nos vamos e não levamos nada a não ser o bem que tivermos praticado. A maior herança que podemos deixar para nossos herdeiros é o amor, a caridade, honestidade e carácter, pois as outras qualificações vem tendo estas. Quando Mirtes era criança sua mãe dona Clotilde sempre lhe ensinava, filha todo bem que pudermos fazer a nossos semelhantes será recompensado pelo pai que está no céu. Assim a moça cresceu vendo sua mãe praticar o amor a caridade, já na juventude Mirtes questionava a mãe, mas a Sra. não aprende todos aproveitam de sua bondade, pare com isto eles exploram a Sra. por ser caridosa, basta não quero ver mais pedintes na porta de casa.
Mas dona Clotilde fazia o bem sempre nunca dispensava ninguém de mãos vazias, um certo dia ela adoeceu, a moça era filha única estudava e trabalhava, pois, sua mãe era viúva.
E agora como vou fazer pensava a moça preciso estudar trabalhar e cuidar de minha mãe, como será, faltou uns dias da faculdade, mas do trabalho não podia faltar como pagar aluguel, luz, água aí Senhor ajude minha mãe recuperar logo, mas nada a doença era grave, as coisas só pioravam, então decidiu vou colocar ela no asilo, e assim fico tranquila. Os dias sela conseguiu um asilo que aceitou a mãe pelo salário de aposento que tinha. Levou a pobre mulher e a deixou chorando, implorando, por Deus filha não me deixe, mas a moça nem olhou para trás os ficaram sabendo do fato e se indignaram com ela, mas como não dava ouvidos a ninguém nem ligou. O tempo passou rápido ela se formou e nem se preocupava com a dona Clotilde, poucas vezes a visitou.
Tão logo terminou os estudos arranjou um casamento se casou, todos ficaram horrorizados com a moça, nem participou a mãe do casamento. A mãe não era velha, tinha apenas 50 anos, apenas era uma pessoa com doenças crônicas e não podia se manter sem ajuda de uma enfermeira. Era totalmente dependente de uma companhia. A mulher chorou muito vendo a ingratidão da filha, e pensou é Mirtes tinha razão nunca ví nem uma pessoa que ajudei aqui me fazendo uma visita, oh meu Deus perdão nunca fiz nada em troca de favor, se estou aqui é porque mereço seja feita sua vontade. Mas o que a mãe nem a filha sabiam que para manter ela com medicamentos e enfermeira o tempo todo e mais alimentação o salário não cobria a metade, e o restante era as pessoas caridosas assim como ela foi um dia que doavam. Um dia revolta em pensamentos a moça deu conta de que fazia tempo não visitava a mãe resolveu ir no asilo, quando chegou se deparou com uma grande festa de aniversário era de sua mãe que ela nem havia lembrado a mulher abraçou a filha chorou e disse filha precisa vir mais vezes aqui sinto sua falta, as pessoas comentam porque não vem se casou nem me mostrou as fotos, ela ficou pensativa, mas não respondeu, quando ia se despedir da mãe, a médica a convidou a ir até o escritório, assustada foi logo dizendo olha se ela tiver pra morrer, ou estiver precisando de dinheiro vou avisando não posso fazer nada.
Mas não é nem uma coisa nem outra quero dizer que sua mãe está recuperando e logo poderá voltar para casa, nem fala não posso cuidar tenho trabalho, marido, e faço doutorado. Certo entendi, Mirtes saiu e a mãe ficou, mas agora não chorou percebeu o quanto sua filha era má, onde havia errado com a filha sempre ensinara o bem, mas Deus havia prometido que até um copo de água oferecido com amor seria recompensado, então não temeria nada, havia praticado muita caridade com as pessoas carentes de amor, carinho, de palavras de ânimo, pão, sempre repartia o que tinha onde estivesse. O tempo agora passou mais depressa, o tratamento terminou ela ficou sabendo das pessoas que ajudaram em sua recuperação como retribuir todo bem recebido, decidiu ia continuar no asilo e faria costuras pra ajudar na recuperação de outras pessoas, ela costurava muito bem e também bordava assim ajudaria, falou com a médica diretora do asilo que aceitou de bom grado, ela costurava e o salário do aposento ficava pros remédios e alimentação a notícia correu e todos que não acreditavam em sua recuperação vieram visita lá mas agora ela não era dependente de uma enfermeira tempo integral apenas precisava de uma fisioterapeuta três vezes por semana, as costuras vinham das senhoras mais ricas das cidades vizinhas, e das mulheres de sua cidade, o asilo se tornou famoso por ter uma equipe bem estruturada e caridosa, agora recebia muitas doações de todos os lugares, dona Clotilde se enche de orgulho para contar que mora e trabalha no asilo que a recebeu um dia sem expectativas de vida, Mirtes agora se enche de orgulho e diz é minha mãe, com o tempo a moça se retratou diante da mãe e da sociedade que havia lhe excluído por tanta arrogância com dona Clotilde.   
Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.




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