Literatura | Conto | O fazendeiro Mauricio.

   Mauricio era um fazendeiro muito rico porem muito solitário, morava só com seus pais, com seus 40 anos era solteiro, nunca havia encontrado uma moça que aceitasse morar na roça, ele não era bonito meio velho e na roça quem aceitaria, isto é o que sua mãe dizia, tem que ser moça de roça para aceitar casar com você. O tempo foi passando ele nunca tinha namorado, ficava pensando como seria quando encontrasse alguém, em outro município vizinho tinha a um senhor com 05 filhas que lhe ajudava no cultivo das terras onde moravam, ele não tinha filhos e as filhas trabalhavam na roça e ajudavam o pai, eles moravam nas terras de sr Bartolomeu a muitos anos. O pai de Mauricio conhecia o s.r. Augusto e também suas filhas, um dia encontrou o homem no mercado e convidou a irem em sua fazenda, ele recusou a princípio, mas depois aceitou ia ver as plantações de uvas que Bernardo tinha. O homem recomendou leve suas filhas minha velha vai gostar, combinado fim de semana iremos. O rapaz ficou ansioso aguardando as visitas seu pai havia planejado apresentar as moças, talvez ele se interesse por alguma.
      No domingo de manhã Geórgia preparou um bolo de chocolate e um café bem gostoso para a família que receberia. Augusto chegou com suas filhas e esposa, estavam bem cansados, foram apresentados e depois do café os homens foram visitar as plantações da fazenda, as mulheres ficaram conversando e cuidando do almoço, Sara a filha do meio tinha olhado bem para Mauricio achou ele bem bonito, as irmãs riram dizendo estar é louca ele é muito feio. Repare bem nele careca, gordo e velho, mas Sara não pensava assim, via no homem a chance de sair do sol, e também a oportunidade de fazer seu curso de costura, queria poder fazer seus próprios vestidos. Ao voltar das plantações todo animado Augusto disse a mulher Aurora gostei muito das terras do amigo, se pudesse plantar uvas eu ia gostar, Mauricio, mas que depressa disse e pode sim sr, basta se mudar para cá com sua família e tomar conta da plantação, o homem assustado disse de jeito nenhum, agradecido, mas faz anos trabalho com Bartolomeu, bem isto o senhor que sabe. Mas não despreze minha oferta pense com carinho. A família foi embora já a noitinha, e Sara percebeu o moço olhando para ela várias vezes antes de sair ela convidou para ir em sua casa no domingo, ia preparar um bolo de mandioca para ele.
Domingo cedo ele chegou foi recebido pela moça e logo seu pai vai e ficaram olhando as plantas ao redor da casa e depois foram ver a lavoura de café, um tanto desanimado Mauricio perguntou o s.r. ganha quanto aqui com sua família, eu ganho o suficiente para manter minha família, mas é pouco, o s.r. desculpe, mas observei a casa onde moram é bem velha, água vem na bica ainda, seu quintal é pequeno, e a lavoura já está velha, precisa ser replantada. E suas filhas trabalham o dia todo com senhor, Bartolomeu está explorando sua família, desculpe dizer o senhor merece ser melhor remunerado e sua família merece uma moradia melhor. Depois do almoço a moça tratou de dizer ao rapaz que havia gostado dele, achou um tanto estranho mulher dizer que gostou do homem, vou falar com meu pai depois volto aqui e respondo. Ela ficou enfurecida com ele, homem bobo nem sabe o que é paquera, as irmãs zombaram dela, no entanto ela não desistiu da ideia de conquistar o fazendeiro careca. Passados 15 dias ele voltou na casa da moça agora com seu pai que entrou em ação, queria ver seu filho casado, estava velho logo morreria e queria ver ao menos um neto.
     Bernardo perguntou ao dono da casa o que acha de casar nossos filhos, vai depender deles né, mas o senhor sabe, somos pobres não temos nada nessa vida, pois bem Sara disse eu quero papai, marcaram a data do noivado sem ao menos namorar, não vamos perder tempo, meu filho tem idade sua filha disse que aceita, então faremos o casamento no próximo mês, o prazo dos papeis ficarem prontos, e daí 15 voltamos com as alianças, os dias passaram ficaram noivos e as famílias estavam felizes, Augusto aceitou se mudar para as terras do genro depois da colheita, as mães estavam atarefadas com os preparativos do casamento seria uma grande na fazenda, Geórgia estava fazendo tudo para agradar a nora, seriam excelentes amigas, ajudaria Sara nas costuras ela costurava muito bem. Depois que se casaram e a família da nora foi morar na fazenda os velhos tiveram descanso agora tudo que faziam era junto, os homens por um lado as mulheres por outro, a costura de Sara era muito apreciada pela sogra que tratou de comprar vários cortes de tecido para nora fazer, sempre andaria bela para seu filho, essa nora foi um achado.     
    
 Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual.



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