Literatura | Conto | A familia que trabalhava unida.

Quando era criança morava em um pequeno sítio com sua família, onde plantavam o necessário para sobreviverem, mesmo com toda dificuldade que a família enfrentava na roça, eles eram felizes Ariadna e seus irmãos Kellyson, Kadson, Kainã, seus pais Edson e Vilma, faziam trabalhos na roça de milho, feijão, arroz, é plantavam uma lavoura de café ainda nova, quase sem ter como manter os custeios da lavoura a família lutava com muita garra. As pessoas diziam que a família era teimosa em viver no sítio com tantas dificuldades financeiras, mas eles unidos trabalhavam de sol a sol. Pela manhã saiam com o dia ainda escuro, e só voltavam depois do sol entrar, Vilma cuidava da casa e das criações de porcos e galinhas. Quando Edson chegava com os filhos a mulher estava com toda obrigação caseira pronta, o jantar quente no fogão de lenha, e banho aquecido com chuveiro em serpentina os canos de água passavam dentro do fogão e aquecia água. A família vivia feliz todos conversavam riam e se entendiam muito bem, os rapazes todos três já tinham namoradas, a moça ainda era de menor e não namorava, os rapazes pretendiam cuidar da lavoura de café a tempo para ganhar dinheiro com a venda do café e manter suas futuras famílias, isto as pessoas de fora achavam loucura, não tinha como era pouca terra para tanta gente, eles tinham certeza que daria e apostavam na conquista da vitória.
    Quando a lavoura de café estava na primeira florada, foi muita festa na família disseram que ia carregar de grãos estava muita bonita e carregada de flores, depois de algum tempo na época da colheita, o pai e os filhos tomaram uma decisão, as duas mulheres da casa ficariam em casa até na hora do café 12 horas fariam todo trabalho de casa neste tempo. A tarde quando levassem o café ficariam ajudando na colheita, permaneciam até o sol se pôr, cansados do trabalho quando chegavam os homens tratavam das criações e mãe e filha cuidavam do jantar e das roupas sujas da lavoura, todos os dias iam de roupas limpas Vilma não admitia ninguém sair sujo mesmo que fosse sujar no trabalho, depois de jantarem o marido mesmo cansado ainda tocava uma sanfona para alegrar a noite, os rapazes corriam no boteco próximo e bebericavam uma dose e voltavam animados para casa, diziam que tomando uma pinga da boa o corpo não sentia o cansaço. Nos fins de semana quando todos estavam em sua casa ou passeando a família reunida trabalhava, seu objetivo seria alcançado. Todos os vizinhos passavam e mexiam deixem de ser pão duro, vão se divertir ainda precisam conseguir um casamento ou pretender ficar coroa dentro de casa. Os rapazes não incomodavam riam e continuavam estavam no caminho certo, suas namoradas sabiam em época de colheita de café só viam seus namorados de 15 em 15 dias, mas não incomodavam ou não tinham escolhas talvez
    Depois de terminar a apanha eles conseguiram vender 137 sacas de café, reservaram um pouco do dinheiro pois sabiam que um ano produz muito, na outra quebra pela metade. Com a outra parte do dinheiro juntando com as vendas de porcos e galinhas conseguiram mais um pedaço de terra que dividia com eles, pequeno, mas sim terra.
Investiram mais uma vez e com o trabalho apenas da família eles conseguiam caminhar a passos lentos mas caminhavam. A mãe de Ariadna disse filha você precisa comprar umas roupas este ano faz uns três anos que não tem uma peça nova, a moça dizia quando Kadson for casar compramos, precisamos guardar dinheiro para fazer um almoço de casamento e também para um vestido novo para mãe do noivo. Este ano a colheita de feijão e milho foram fartas e o café diminuiu, mas estavam formando mais cortes de lavouras novas, daria uma boa colheita no ano seguinte, pelo visto vamos esperar mais um ano para casar o mano meu pai, perguntou Kellyson acho que sim filho. Mas se ele quiser casar e morar junto até construirmos sua casa poderá ser fim deste ano. Claro que não quero morar junto, vamos trabalhar dobrado mas construiremos nossas casas manos, claro que sim somos uma família e trabalhamos em prol de nossa família, nada mudará isto nem as mulheres, pois bem espere casar para ver, elas vão fazer vocês comerem nas mãos delas garantiu Ariadna. Pai o senhor calcula quantas sacas de café colheremos este ano? Acho que umas 250 daí para mais, é os vizinhos debochando de nós, dizendo que somos loucos, verão agora quem somos nós. Meus filhos tenham sempre em mente uma coisa, eles podem dizer o que quiserem, nós que damos testemunhos de nós mesmo, se ficarmos parados olhando o tempo passar eles ficarão tendo razão, mas se fizermos sempre como estamos fazendo trabalhando unidos e sempre, nós mostraremos que podemos ser vencedores como estamos sendo. Todos os dias eles riam muito divertiam trabalhando sempre juntos e pouco a pouco foram comprando os pedaços de terras dos vizinhos que criticavam pelo fato de possuírem pouca terra e querer produzir muito. Tinham pouca no início agora os 04 filhos possuem um pedaço com lavoura de café e milho, Kainã o caçula sempre querendo comprar mais pensando nos filhos que deseja ter com sua morena cor de jambo.
Texto escrito por Luzia Couto. Direitos Autorais Reservados a autora. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte desta obra, sem autorização expressa da autora sob pena de violação das Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de propriedade intelectual. 



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