HPV. Human
Papiloma Virus, ou HPV,
É
um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como
vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecção transmitida
sexualmente (DST). A ausência de camisinha no ato sexual é a
principal causa da transmissão.
Também
é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do
parto, devido ao trato genital materno estar infectado. Entretanto,
somente um pequeno número de crianças desenvolve a papilomatose
respiratória juvenil.
O
HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus.
Quando não é tratado, torna-se a principal causa do desenvolvimento
do Câncer de colo do útero e do Câncer de Garganta. 99% das
mulheres que possuem Câncer de colo do útero foram infectadas por
esse vírus.
Fonte:
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
sintomas
O
HPV pode ser sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático
clínico, o principal sinal da doença é o aparecimento de verrugas
genitais na vagina, pênis e ânus.
É
possível também o aparecimento de prurido, queimação, dor e
sangramento. Espalham-se rapidamente, podendo se estender ao
clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal.
Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta do homem e
da mulher.
Nos
homens, a maioria das lesões se encontra no prepúcio, na glande e
no escroto. As verrugas apresentam um aspecto de uma couve-flor.
Já
os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem
aparecer como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana
e ânus.
DIAGNÓSTICOS
O
HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de
exames laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e
anuscopia.
Deve-se
realizar diagnóstico diferencial com outras lesões papilomatosas,
incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas, pápulas
perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.
Diagnóstico
Diferencial de Condiloma Acuminado
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Condiloma plano (síflis) – lesão de base larga com superfície lisa.
- Herpes simples vírus (HSV) – erupção vesiculosa com base eritematosa e ulcerações.
- Molusco contagioso – pápulas amareladas com umbilicação central.
Lesões
Benignas Comuns na Pele
- Querastoses seborréticas – lesões hipertróficas de superfície rugosa.
- Nevos-lesões tipicamente elevadas, porém tipos pedunculados podem ocorrer.
- Pápulas perláceas do pênis – pápulas circunscritas, com 1 a 2mm de diâmetro, usualmente sobre a porção proximal de glande.
Neoplasias
(se houver suspeita, a biópsia se faz necessária)
- Papulose boewnóide – carcinoma in situ,pápulas rugosas únicas ou múltiplas, de 2 a 4mm de diâmetro, variando de cor da pele a vermelhos-acastanhado, recalcitrante às terapias habituais para verrugas.
- Melanona maligno – tipicamente único, pode ser plano ou elevado com variação na cor e formato.
- Condiloma gigante ou tumor de Buschke-Lowenstein – lesão maligna de baixo grau, localmente invasiva que pode surgir como condiloma pedunculado.
Fonte:
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
EXAMES
O
HPV pode ser identificado por meio de lesões que aparecem ao longo
do trato genital, podendo chegar até o colo do útero. Ao perceber
essas alterações nos exames ginecológicos comuns, o médico poderá
solicitar mais exames para confirmar o diagnóstico. Conheça os
principais:
Papanicolau:
exame preventivo mais comum, detecta as alterações que o HPV
pode causar nas células e um possível câncer, mas não é capaz de
diagnosticar a presença do vírus. Recomenda-se que as mulheres
realizem anualmente a partir dos 25 anos. Com dois resultados
negativos, a periodicidade do exame passa a ser a cada três anos,
conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.
Colposcopia:
feito com um aparelho chamado colposcópio, que aumenta a visão
do médico de 10 a 40 vezes, o exame permite a identificação de
lesões na vulva, na vagina e no colo do útero. A colposcopia é
indicada nos casos de resultados anormais do exame de Papanicolau,
para saber a localização precisa das lesões precursoras do câncer
de colo do útero. Após a identificação das regiões com suspeita
de doença, remove-se um fragmento de tecido (biópsia) para
confirmação diagnóstica.
Detecção
molecular do HPV
Captura
Híbrida: é um teste qualitativo de biologia molecular. A
técnica investiga a presença de um conjunto de HPV de alto risco,
mesmo antes da manifestação de qualque sintoma, por meio da
detecção de seu DNA, confirmando ou descartando a existência da
infecção do vírus. Para realizá-la, o médico deve obter material
da região genital ou anal por meio de uma escovinha especial, que é
enviada para análise laboratorial.
PCR
(reação da cadeia de polimerase): por meio de métodos de
biologia molecular com alta sensibilidade, esse teste detecta a
presença do genoma dos HPV em células, tecidos e fluidos corporais.
É capaz de identificar a presença de praticamente todos os tipos de
HPV existentes.
Fonte:
Instituto
do HPV. Guia do HPV. Disponível em: <
http://www.incthpv.org.br/SobreHpv/Default.aspx> Acesso em:
29 de mai. 2013.
Varella,
D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em:
<http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/>.
Acesso em: 10 de jun. 2013.
Ministério
da Saúde. Condiloma acuminado (HPV). Departamento de DST, Aids e
Hepatite. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/pagina/condiloma-acuminado-hpv>. Acesso
em: 12 de junho de 2013.
PREVENÇÃO
Para
evitar o aparecimento do HPV recomendam-se os seguintes cuidados:
- Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral, anal, genital);
- Uso de camisinha feminina;
- Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (contra o HPV 16 e 18);
- Rotina do exame preventivo (Papanicolau);
- Evitar fumar, beber em excesso e usar drogas, pois essas atividades debilitam o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa mais susceptível ao HPV.
Fonte:
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
TRATAMENTOS E CUIDADOS
Na
maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é
eliminado espontaneamente pelo corpo. Entretanto, de 30 a 40% dos
tipos existentes de HPV podem afetar as áreas genitais de ambos os
sexos, provocando lesões como as verrugas genitais e as alterações
pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento deverá
ser escolhida levando-se em conta a idade da paciente, o tipo de HPV,
a extensão e a localização das lesões.
Verrugas
genitais
O
tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que
elas podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos,
exigindo muitas aplicações, ao longo de semanas ou meses. É
importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser,
crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos
locais. Podem ser utilizadas substâncias químicas diretamente nas
verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido
tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o
sistema imune quando aplicados topicamente.
Câncer
de colo de útero
O
tratamento depende do estágio do câncer. Em alguns casos em que o
câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico
pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou
excisão eletrocirúrgica.
Como
o câncer pode reincidir, os médicos aconselham as mulheres a
retornarem ao controle e à realização do exame de Papanicolau e da
colposcopia a cada seis meses. Após dois resultados negativos, o
seguimento passa a ser a cada três anos.
Quando
o câncer se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia
radical (cirurgia para a retirada do útero e das estruturas
adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A
radioterapia é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do
útero avançado que não se disseminou além da região pélvica.
Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas
imediatos, pode irritar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da
bexiga ou do reto pode ocorrer e, geralmente, os ovários deixam de
funcionar. Quando há disseminação do câncer além da pelve, a
quimioterapia é algumas vezes recomendada.
Fonte:
Instituto
do HPV. Guia do HPV. Disponível em: <
http://www.incthpv.org.br/SobreHpv/Default.aspx> Acesso em: 29 de
mai. 2013.
Varella,
D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em:
<http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/>.
Acesso em: 10 de jun. 2013.
Cuidados
Usar
camisinha em todas as relações sexuais é importantíssimo para
prevenir a transmissão do HPV e outras doenças. No caso do HPV,
existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de
pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato
sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o
vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e
objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção,
bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.
A
vacina contra o HPV pode prevenir diversas doenças causadas pelo
vírus. Conheça as indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil,
segundo o Guia do HPV:
Vacina Bivalente
|
Vacina Quadrivalente
|
|
Indicação
|
Contra HPV 16 e 18Para
mulheres de 10 a 25 anosTrês doses (hoje, 1 mês e 6 meses)
|
Contra HPV 6, 11, 16 e 18Para
mulheres e homens de 9 a 26 anosTrês doses (hoje, 2 meses e 6
meses)
|
Cânceres e lesões
pré-cancerosas
|
Colo do útero: previne até
70% dos casos
|
Colo do útero: previne até
70% dos casosVulva: previne até 50% dos casosVagina: previne até
60% dos casos
Ânus: previne até 90% dos
casos
|
Verrugas genitais
|
Previne até 90% dos casos
|
Conviver
com qualquer doença exige responsabilidade. Muitas vezes, receber um
diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível tem um impacto
emocional muito negativo. Por isso, é importante fazer o
acompanhamento ginecológico recomendado e seguir o tratamento
conforme orientação médica. Além disso, busque maneiras de falar
sobre isso, com amigos, familiares e profissionais de saúde de sua
confiança. Para manter uma vida sexual saudável e prazerosa, é
preciso cuidar de si mesmo e do parceiro, encarando as situações
difíceis com responsabilidade.
Essas
e outras recomendações você pode buscar em sites especializados,
mas é importante sempre confirmá-las com seu médico de confiança,
que avaliará seu caso individual.
Fonte:
Instituto
do HPV. Guia do HPV. Disponível em: <
http://www.incthpv.org.br/SobreHpv/Default.aspx> Acesso em:
29 de mai. 2013.
CONVIVENDO
A
infecção genital por HPV por si só não contraindica uma gravidez.
Se existirem lesões induzidas pelo HPV (tanto verrugas genitais como
lesões em vagina e colo), o ideal é tratar primeiro e depois
engravidar.
Se
ocorrer a gravidez na presença dessas lesões, não existem grandes
problemas; porém, as verrugas podem se tornar maiores em tamanho e
quantidade devido ao estímulo hormonal característico da gestação.
Nessa situação, podem existir maiores dificuldades no tratamento, e
o médico avaliará se é possível a realização de parto normal ou
não.
Existe
a possibilidade de o HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido
e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na
genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as
verrugas genitais. Mesmo nesses casos, o risco de ocorrer esse tipo
de transmissão é baixo.
É
muito importante que a gestante informe ao seu médico, durante o
pré-natal, se ela ou seu parceiro sexual já tiveram ou têm HPV.
Fonte:
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
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