Novela Avenida Brasil - Considerações de Roda Cultural.

A razão deste artigo é que fui instantaneamente compelido a tirar o chapéu para o escritor João Emanuel Carneiro que na sua novela Avenida Brasil, deu uma maravilhosa demonstração da sua competência. Logicamente que numa obra deste naipe não se pode esquecer os méritos de toda equipe de câmeraman's, contra-regras, eletricistas, caboman's, roteiristas, figurinistas, maquiadores, enfim o pessoal que não vemos trabalhando, mas que trabalham a beça para nos trazer a cenas que nos emocionam, nos envolvem e nos fazem mergulhar nos personagens. O time de atores escalado por João Emanuel Carneiro para viverem os personagens de Avenida Brasil foi simplesmente imbatível, com destaques para o Murilo Benício (Tufão), Adriana Esteves (Carminha), Débora Falabella (Nina), Vera Holtz (Lucinda), Marcelo Novaes (Maxwell),Cauã Reymond (Jorginho), Letícia Isnard (Ivana), Emiliano D'Avilla (Lúcio), Cláudia Missura (Janaína), Juca de Oliveira (Santiago). Estes que viveram as maiores cargas dramáticas das cenas da novela. Eu confesso que a muito não via o telespectador brasileiro tão envolvido em uma telenovela, considerando os tempos passados em que as novelas eram tão sagradas nos lares brasileiros que fazia-se qualquer negócio para não perdê-las. A Rede Globo, obviamente a emissora tradicional em telenovelas e detentora de um elenco de atores e atrizes top de linha, deu belas escorregadas permitindo que algumas novelas descessem quadradas na goela do telespectador, fazendo-o optar por outras formas de lazer e diversão. Voltando ao escritor João Emanuel Carneiro e sua Avenida Brasil, posso afirmar seguramente que ele resgatou o interesse daqueles que já haviam esquecido qual o sabor de uma boa telenovela. Competente e técnico, João brinca com o público levando-o a criar e recriar o final da novela todos os dias, fazendo-o interagir, comentar, vibrar e emocionar-se a cada cena. Parabéns ao criador e todo elenco de Avenida Brasil pelo talento, pelo profissionalismo e competência com que vem realizando cada cena. E como estou me despedindo por enquanto, vou soltar um buxixo que anda vazando por aí: Contam os mais ligados e antenados na novela que foram gravadas cinco cenas iguais com atores diferentes para a morte do Max. e então, tem como não tirar o chapéu para João Emanuel Carneiro?

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