Crônica: Conversa de macho.


Pensem voces o que é a extrema falta do que fazer.Reúne-se homens num dia de domingo, a tarde, banquinho de praça e lá vamos jogar conversa fora. Nestas horas sempre há aquele que abre a pauta do dia, o importantíssimo assunto que estará em foco. Pois é, domingo, tarde, praça e vários homens reunidos, dali, eu sei, não sairá muita coisa aprovetável, afinal todos estão ali para acabar com o tédio, a mesmice das conversas rotineiras da semana que se foi. Então eu que falo muito (confessei), preferi dar a nobre oportunidade da pauta do dia a alguém mais capacitado que eu, aliás, diga-se de passagem, eu queria mesmo era fugir do mico da tal pauta. Dai me surge o Jorge e logo larga a pauta:- "Rapaz,esta semana minha mulher comprou papel higiênico de uma marca diferente e eu quase tive um piripaque de raiva."Pronto,gente,o tão glorioso assunto em pauta estava agora exposto: tratava-se do glorioso papel higiênico. Já viram onde vai dar esta conversa né? Então eu olhava para o Jorge empolgado, fazendo gestos de indignação pela tal marca "furada" de papel higiênico. "Que papelzinho chimfrim" - Dizia ele. Continuou - "Imaginem que haviam buracos por todo papel e não haviam picotes, pois o danado era tão fino que eu tinha que dobrar várias vezes para usar". Mas como em todo grupo formado para bate-papos de final de semana sempre existe o mais "engraçadinho", aquele cara que nunca perde a oportunidade de provocar as gargalhadas na rapaziada, naquele nosso grupo havia o Gabriel. Sujeito tão hilárico que só olhar na cara dele já fazia a gente rir. Tipo falante, é destes que dá um tapa na tristeza de qualquer um. Triste era convidá-lo para velórios. Triste não, alegre, quer dizer, trágico e cômico. Lembro-me de uma noite em que fomos ao velório do marido de uma amiga nossa e lá pelas tantas, Gabriel começa a chorar e tal. Estranhei. Gabriel chorando, cabeça baixa? Não! Então a viúva aproximou-se dele e ergue-lhe a cabeça e quando ela iria consolá-lo o Gabriel falou: - "Meus sentimentos". Após isso ele desatou a rir gente, mas este individuo ria tanto que eu tive que retirá-lo do local. Levei-o para casa e retornei, pedi desculpas a todos e disse que ele estava sofrendo uma crise de "riso nervoso". Colou né, sim mas minha cara ficou mesmo foi no chão. Depois Gabriel me disse assim : - Mas Tony, fazer o que amigo, veio uma vontade de rir medonha. Não controlei. Foi sem maldade, mas eu ri sem saber de que". Bati nas costas dele e lhe disse: -"Calma Biel, isso acontece". Nunca mais Gabriel foi convidado para velórios.Graças a Deus! Mas voltando a praça e ao papel higiênico, Gabriel mandou a pergunta fatal para o Jorge: - " E ai Jorjão, fala a verdade, o papel furou não foi?" . Jorge ficou corado e toda a turma caia numa gargalhada sem fim. E Gabriel insistindo - "Jorge, aqui todo mundo é amigo, confessa vai. Esta raiva toda do papel foi a "visita do dedo", confessa ai amigo". Eu sai de perto para rir, percebi que Jorge já estava ficando vermelhão e isto indicava que ele não estava gostando nada do rumo da prosa."Oxente,que negócio é este, eu cabra macho, visita de dedo? Pensando o que?"- Acho que Jorge tava pensando assim. Resultado: Mais uma vez tive de retirar o Gabriel do local, senão o Jorge iria visitá-lo literalmente com o dedo. Coisas de quem nada tem a fazer, reunir-se para debater o controle de qualidade do papel higiênico. Gabriel querido, te gosto muito meu amigo e que voce possa continuar assim, esta figuraça animada e alegre, beijo no coração. Gente, fico por aqui, abração e até a próxima.

Por Tony Casanova - Todos os Direitos Autorais e Copyright estão reservados ao autor.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkk nossa ri demais, mas digo uma coisa ,vc nao imagina o que sai em uma roda de amigas,kkkkkkkkkkkkkkkk

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