O dia em que o poeta chorou.


Era um dia lindo de domingo. Manhã ensolarada, mitas pessoas nas ruas, um vai-e-vem incessante de carros, ônibus cheios, era o clima de verão. Naquela manhã eu havia acordado cedo, arrumei-me para comparecer a solenidade de entrega da premiação do Concurso de Poesias do SESC/SERGIPE, que estava sendo realizada no ginásio de esportes Charles Moritz, hoje SESC Centro. Lá encontravam-se a comissão que fez o julgamento, vários convidados, poetas e poetisas do Estado de Sergipe. Também estavam professores da Universidade Federal de Sergipe, entre outros amantes das artes literárias. A imprensa estava lá representada pelos Jornais Tribuna de Aracajú, Gazeta de Sergipe e Tv Aperipê. Eu suava muito, estava tenso, nervoso. Na época, a Bibliotecária Elinete Hermínio, do SESC CACABHS, Siqueira Campos, que havia me incentivado muito a participar, me deu força e apoio moral para estar ali. Era minha primeira participação em concurso e a sensação de ser julgado, ter um trabalho meu avaliado, me rendeu noites inteiras sem dormir, numa ansiedade e preocupação com a avaliação e escolha dos jurados. Ao saber que havia passado na primeira seletiva, emocionei-me bastante, mas jamais acreditei que chegaria mais longe. Vieram mais duas e eu estava lá, ainda não acreditando. Saiu o resultado e eu não acreditava. Terceiro lugar, na minha primeira participação em concurso, competindo com centenas de outros trabalhos tão bons quanto os meus. O nível dos participantes me assustou, confesso, eram muito bons. Ficar entre os três primeiros foi como estar em primeiro. Desabei quando ouvi meu nome sendo chamado, fiquei tão nervoso que precisei de água e sopros para acalmar-me. Elinete Hermínio estava lá, do meu lado, segurando firme na minha mão, me dizendo: Calma Tony, agora é, não tem mais volta. Voce é reconhecido agora como poeta por uma comissão julgadora. Ela falava, eu chorava. Mas até aí o choro era normal. Foi então que após o recebimento do prêmio e da placa de prata,sim era de prata, não de bronze, Ouro para o primeiro e prata para o segundo e terceiro, o locutor pediu silêncio para a apresentação de uma música, que seria cantada por dois artistas que considero os maiores nomes da mísica sergipana, representantes dignos da cultura do Estado de Sergipe: "Dia de domingo", na voz do cantor Chico Queiroga e da cantora Antonia "Amorosa". Desabei enquanto ouvia aquela música tão bem interpretada nas vozes destes competentes artistas sergipanos. Este dia de Domingo, foi o dia mais lindo que este poeta já viveu e seguramente posso dizer; este foi o dia em que o poeta chorou.

2 comentários:

  1. ainnn o que dizer , agora eu vou ter que escrever assim ,o dia em que a leitora chorou ,que foi agora ..................sem mais palavras..........

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